*Doughnut Economy*
Esse é o melhor artigo de otimismo que eu li para o mundo pós-corona vírus. O fato é que o confinamento e o medo embutido nele pela nossa sobrevivência faz com que sejamos levados a pensar fora do supérfluo em direção ao essencial. Isso tem a ver com a qualidade das nossas relações, nossa qualidade de vida em relação às coisas básicas como alimentação, higiene, lixo, saúde, educação, cultura, lazer etc ... E, claro, faz com que pensamos no próximo e no planeta. É injustificável que vivamos em um planeta com bilhões de pessoas vivendo sem o mínimo essencial enquanto um pouco (pouco mesmo) goza de todo luxo imaginável e inimaginável. O corona iguala a todos: ricos e pobres, o medo é o mesmo. Por outro lado, vivemos em uma economia de crescimento ilimitado que depriva o planeta de seus limitados recursos e a longo prazo ameaça a própria viabilidade da vida humana na Terra. Não faz sentido. Um dia teríamos que dar um freio. Será agora? Espero que sim.
A economia “doughnut” (rosca comestível) é algo assim: o mínimo
essencial para o indivíduo viver bem e o planeta suportar o estilo de vida de
todos está dentro da área do anel. Quem cai dentro do anel tá “no buraco”
literalmente. Vive com menos do que o necessário. Quem cai fora do “doughnut” é
porque tem um estilo de vida extravagante e consumidor de recursos, o planeta
não suporta este estilo de vida. Está consumindo o próprio planeta, como um
parasita.
A ideia é colocar todo o planeta Terra dentro do “doughnut”,
podando os abusos e empoderando os desfavorecidos. É utópico? Muito utópico.
Mas há que se começar em algum momento e ter um objetivo final. Amsterdam diz que
começou? Será?
https://www.theguardian.com/world/2020/apr/08/amsterdam-doughnut-model-mend-post-coronavirus-economy